quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Pode o crente verdadeiro acreditar na teologia ou evangelho da prosperidade?


Repito a pergunta: Pode um crente verdadeiro acreditar na teologia ou evangelho da prosperidade?
Antes de responder quero explicar a pergunta.
Quando digo "crente" me refiro a todo aquele que diz crer em Jesus como seu único e suficiente salavdor.
Quando digo "verdadeiro" me refiro a alguém que não é confundido com a multidão. Já vai longe o tempo quando bastava dizer que era um "crente" para todo mundo saber sobre o que se estava falando. O crente era aquele que, mesmo sendo a minoria, não se importava em ser diferente ou ter menos privilégios diante dos outros. Pelo contrário, o seu privilégio era justamente esse, ser deixado de lado por causa do nome de Jesus. Era isso que o evangelho apresentava e era isso que Jesus ensinava.
Quando digo "acreditar", repare, não disse "crer", me refiro à disposição de aceitar como verdade certa e absoluta um ensino que parece ser certo. Porque crer é diferente de acreditar. Quem crê, crê independente de ver ou de comprovação histórica. Quem acredita, credita a sua fé a algo que aconteceu a alguém ou em algum lugar; porque viu, porque sentiu ou porque desejou que fosse assim. Essa é a principal diferença entre o crer de uma criança e o acreditar de um adulto. Jesus chamou a atenção dos disípulos pra isso; a criança crê e se entrega, se submete a quem tem autoridade, o adulto só acredita vendo e pede mais sinais. Por isso o reino de Deus está destinado a quem olha para Jesus como uma criança.
Quando digo "Teologia ou Evangelho da Prosperidade" me refiro à teologia que envolve o evangelho nas novas igrejas, e nas velhas também, que dá ênfase à saúde, à riqueza e à prosperidade. A teologia que associa a prosperidade material às práticas de piedade espiritual. Logo, quem é "mais espiritual" é mais próspero.
Mais uma vez, repito a pergunta: Pode um crente verdadeiro acreditar na teologia ou evangelho da prosperidade?
Bem, acredito que a explicação detalhada de minha pergunta já bastaria para você saber a minha resposta. Mas mesmo assim vou responder. SIM e NÃO!
Sim, ele pode. Porque mesmo o crente verdadeiro, fiel e mais bem intencionado poderia e pode ser enganado quando levado a acreditar na falácia da teologia da prosperidade. Uma falácia porque é um raciocínio falso que simula uma verdade, porque vai contra tudo o que Jesus ensinou e que Ele mesmo deu exmplo. Afinal, Jesus disse que Ele não tinha onde reclinar a cabeça, não tinha casa e quem quisesse seguí-lo, além de levar uma cruz, não deveria se prender à preocupação em como se manter. Apenas para lembrar algumas coisas que Jesus ensinou:

  • não leve alforge... (Mt 10.10; Mc 6.8)
  • tome a sua cruz e negue-se a si mesmo... (Mt 16.24; Mc 8.34; Lc 9.23)
  • é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que um rico entrar no reino dos céus... (Mt 19.24; Mc 10.25; Lc 18.25)
  • vai, vende tudo o que tens e dê aos pobres... (Mt 19.21; Mc 10.21)
  • nao vos aquieteis com o dia de amanhã... (Mt 6.30 e 34)
Não, ele não deve. Porque o crente verdadeiro e que busca a verdade na Palvara de Deus não encontrará base sustentável de argumentação em favor desta teologia. É certo que encontrará sim Deus manifestando que deseja que Seu povo seja próspero, mas que esta prosperidade está antes de tudo na satisfação de servir o Senhor em toda e qualquer situação. O maior sucesso do crente é ser identificado com Jesus, tanto em sua glória como em suas tribulações. O crente verdadeiro se gloria em Jesus Cristo não pelo presente valioso que recebeu, mas no quanto o reino de Deus se espandiu na doação de sua própria vida.
Para encerrar, assista esse pequeno vídeo onde o Pr. John Piper responde a esta questão:


John Stephen Piper é escritor e ministro batista reformado,
que atualmente serve como pastor sênior da Igreja Batista Bethlehem
em Minneapolis, Minnesota, EUA.
Pense além do senso comum... Reflita e deixe seu comentário. Estou a sua espera. Grande abraço! Soli Deo Gloria

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Não fui desobediente à visão celestial - Atos 26.19

Uma voz clara e audível veio do meio da nuvem glorificada e Moisés foi chamado para um encontro com Deus: "Sobe a mim, ao monte, e fica lá" Ex 24.12.
Tão maravilhoso quanto ser chamado para um encontro com Deus foi o privilégio que os anciãos de Israel tiveram de presenciar este chamado. Estavam todos lá, com Moisés e Josué, ao pé do Monte Hermon. Os anciõas não subiram o monte com Moisés mas tiveram a visão celestial da presença de Deus (Ex 24.10) e diante dessa visão tiveram conhumão uns com os outros e com Deus.
Mas, com tudo o viram e experimentaram na presença do Senhor, o que fizeram? Murmuravam e exigiam sempre mais!
Não somos diferentes. Não importa o quanto Deus nos mostre sua presença sempre acharemos que é pouco, porque valorizamos muito mais nossos próprios desejos que a vontade perfeita e soberana de Deus. Rapidamente nos esquecemos da visão celestial que o Senhor nos deu e por ela nos chamou.
Paulo nos deixou seu testemunho de que, independente da situação que passava, sejam cadeias, naufrágios ou qualquer outra tribulação, ele não se esquecia da visão celestial no caminho de Damasco. E o apóstolo acrescentava: "Permaneço até o dia de hoje" At.26.22
Como um amigo costuma dizer, começar não é difícil, há sempre um entusiasmo, um fôlego, uma vontade a mais, mas continuar e concluir é sempre mais difícil. Não é atoa que Jesus disse que a porta é estreita, apertada! Muitos até passam por ela, mas se esquecem que o caminho também é estreito e será até o final.
Preciso permanecer. Nunca desanimar, porque o que me anima não são meus desejos realizados mas o prazer de saber que não fui desobediente à visão celestial.
Soli Deo Gloria

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Minha fé e os milagres de Deus

Meu pastor pregou neste domingo (20/09/09) em João 5.1-18 e um casal de irmãos a amigos deu seu testemunho sobre como Deus realizou um milagre em sua família, curando e presenvando sua jovem filha. Eu aprendi algumas coisas, na verdade duas coisas:
  1. Os milagres de Deus não dependem de minha fé. O Senhor se põe ao meu lado para me abençoar e isso tem a ver com a Sua graça, não com a minha fé.
  2. Quando me sinto mais fraco e incapaz de fazer algo é nesse momento que Deus se revela com maior graça e quando preciso perceber sua presença ao meu lado.

Bem, estas foram as duas coisas que eu ouvi e guardei no meu coração. As duas coisas que aprendi para meu dia a dia:

  1. A fé que devo praticar não é esperar que Deus fará o que desejo, mas crer que Ele está presente independente do que Ele fizer. O alvo de minha fé não é a resposta às minhas orações, mas Aquele que respondendo sempre responde perfeitamente. Tenho que ser menos cético; crer mais.
  2. É na proximidade de meus irmãos, na convivência mais próxima, na cumplicidade de nossas ansiedades que eu posso perceber melhor a presença de Deus ao lado, porque posso vê-lo primeiro na vida e no dia a dia de meus irmãos. Preciso me aproximar mais e permitir que se aproximem de mim; visitar meus irmãos e gastar tempo com eles.

Essas coisas parecem ser tão comuns e, por isso mesmo, tornam-se mais complexas. Porque sou confrontado na minha religiosidade e na minha preguiça. Assim, reluto mais em vivê-las plenamente.

Mas como disse, aprendi e estou aprendendo.

Soli Deo Gloria

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